Thursday, November 10, 2011

Minha saga no Rio de Janeiro - Parte 1

Eu adoro forró. E se eu vou pro Rio, não quer dizer que sou obrigada a gostar de samba, de funk ou de bossa nova. Por isso, fui dançar um bom pé-de-serra na Lapa! O problema foi que, na noite anterior, eu tinha ido dormir às 4h da manhã. Acordei às 10h e às 14h fui fazer uma prova. Às 16h40 estava loucamente chegando no aeroporto para o vôo às 17h30. Por fim, às 23h eu tava no Bola Preta, um nome engraçado para uma boate carioca que toca forró, mas que me pareceu óbvio quando cheguei à porta: um negão de 2 metros de comprimento por 3 ENORMES metros de LARGURA me parou, pedindo a minha identidade. Se foi coincidência, eu não sei, mas tenho a impressão de que tudo naquela noite tava ESCRITO NAS ESTRELAS! Vamos aos fatos?

Situação 1:

Cara alto, gatíssimo, de 1m e 85cm aproximadamente:

-Vamos dançar?

Eu:

-Vamos sim! Mas tô de salto alto, esqueci de trazer rasteirinha aqui pro Rio de Janeiro. Vai ser complicado acompanhar direitinho com esse meu saltão.

-Ah...Você não é daqui, né? Ok, vamos ver como é o seu forró de turista.

(começamos a dançar)

-Olha...Não sei se é o salto, mas você está se conduzindo sozinha. Deixa eu te levar. Cola seu rostinho aqui. Sente meus movimentos e só acompanha.

-Ai, desculpa! O problema é o sapato mesmo, vou tentar me soltar mais.

(começa a espécie mais lenta, pacata e xoxa que rola no forró: o xote. Que pra mim tá mais pra "xato". Mas, naquela noite, com o peso do meu sapato salto 15 e o cansaço do dia pesado que tive, era o ritmo mais que adequado).

-Poxa, tô começando a me soltar - colamos o rosto. De alguma forma, eu também acabei ficando encostada no peito do cara -, tô me sentindo mais leve já.

-Isso, muito bom. Fecha os olhos, deixa a música te levar...

A partir daí, a música foi entrando nas minhas veias. O ritmo me contagiava. Meu corpo foi tomado por um relaxamento inexplicável. Tinha o perfume do cara, os músculos, um corpo robusto me levando como quem diz "deixa eu te conduzir, sai do controle da situação um pouquinho". E eu saí. Quando percebi, estávamos nos beijando. Eu juro que senti algo que nunca sentira antes. Era ele. Era O CARA. Algo me dizia que ele sentia a mesma coisa por mim. E em um momento de total envolvimento, ele disse: "você era tudo o que eu sempre procurei. Onde você esteve tanto tempo? Em Brasília, né? Estou vendo que vou precisar ir para o Distrito Federal o mais rápido possível".

Foi nesse momento que eu percebi! Eu não havia dito que morava em Brasília. Como ele poderia saber?
De repente, sinto alguém me dando cutucadas no ombro...

-Oi, gatinha...Desculpa te acordar, mas a música acabou. Você apagou quando começou o xote. Estamos parados há um tempinho, fiquei sem-graça de dizer alguma coisa...

-Ahn? Ai! Perdão! Meu vôo foi longo, sabe como é...Mas quando você vai pra Brasília mesmo?

-O que? Por que eu iria pra Brasília? Não entendi.

-Ah...Deixa pra lá. Com licença, vou ali tomar um energético...

E saí para o lugar mais próximo onde eu poderia amarrar uma corda no pescoço. Assim foi o fim da primeira linda história de amor dessa noite. Mas ainda havia mais por vir...

(Aguarde a publicação da Situação 2. To be continued)

2 comments:

Anonymous said...

Ta achando que e moleza encontrar um Leitinho na balada???hahahaha...

Douglas said...

Você é a comédia em pessoa ahaiuahuiauhiahiaiiahhaiu.